segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Por trás da informação

Eles fazer parte do nosso dia a dia. Estão sempre lá, na TV, no rádio, nas páginas dos jornais e na internet. São eles que produzem grande parte da informação que recebemos diariamente. Por serem responsáveis por nos manter informados, contribuindo com a nossa formação enquanto cidadãos, merecem, também, ser notícia. Pensando nisso, o jornal Cidade Notícias lança o especial Comunicadores, que contará, por meio de entrevistas e reportagens, um pouco da história de alguns comunicadores conhecidos da região. Para abrir o especial, uma entrevista com o radialista Israel de Souza.

Israel de Souza, mais de 20 anos dedicados à informação.

Israel de Souza
Foto: Elizangela De Bona
Quem vê o comunicador Israel de Souza pelas ruas, fazendo reportagens e entrevistas para a ARTV, ou ouve sua voz na rádio Hiperativa, sequer imagina como foi sua infância e o início de carreira. Nascido em Rio Pinheiros, Orleans, em uma família humilde, Israel de Souza trabalhou até os 15 anos na roça. “Saí da roça em 1995. Trabalhei em São Ludgero um tempo, primeiro no Posto Buss e depois na Copobras. Nessa época teve uma crise no setor de descartáveis, a empresa demitiu mais de 100 funcionários, e eu fui um dos demitidos. Então fui para Orleans em busca de emprego e, como vim da roça, não escolhia serviço, fiz ficha em vários lugares. Fui chamado em uma construtora, onde trabalhei como servente de pedreiro”, lembra.

“Minha história com a comunicação foi um acaso. Minha infância foi pobre, sofrida. Para se ter uma ideia, quando eu trabalhava na roça, alguns amigos meus vieram trabalhar na prefeitura de São Ludgero, que tinha uma equipe que roçava a estrada, eu sonhava em trabalhar com isso. Não menosprezando, mas eu vinha de uma família pobre, então sair da roça para fazer qualquer coisa na cidade era uma evolução. Nunca pensei em ser radialista. Gostava de rádio, de cantar, quando ia jogar futebol ficava narrando, meu apelido era toca fita, mas nunca me imaginei trabalhando no rádio”, afirma.

Hoje, depois de muita dedicação, Israel de Souza é referência na imprensa da região e usa sua influência e sua profissão para ajudar as pessoas. Em entrevista ao Cidade Notícias, o comunicador, que tem mais de 20 anos de experiência no rádio, fala sobre o início de sua carreira, de sua rotina, dos fatos que o marcaram e de seus objetivos. Confira:

O início

“Um dia eu estava chegando em casa para almoçar e a minha mãe me disse que a rádio Guarujá estava selecionando um menino para ser sonoplasta, que era para eu tentar. Ainda perguntei para ela o que eu ia fazer lá, pois na época eu só tinha o quinto ano, mas tomei um banho e fui. Cheguei lá, tinha uns 15 na minha frente e só um seria contratado. Na época, o diretor da rádio era o Édio Antônio, que hoje está em Lauro Müller. Ele entrevistou todos e quando chegou minha vez, contei minha história e ele me contratou”, conta.
Israel começou como operador de som e, três meses depois, passou a fazer um programa no sábado a tarde, como aprendiz. Com o tempo, a rádio mudou a programação e o jovem comunicador ganhou um programa diário à noite. Com a saída do locutor da tarde, mais um programa. Foram dois anos trabalhando assim. “Em 1998 fui chamado pela rádio Verde Vale para fazer o jornal do meio dia. Na época foi uma façanha, eu tinha 18 anos, não tinha experiência, mas fiz. Fiz polícia, esporte, comandei o jornalismo, fiz o jornal da manhã e, então, saí. Voltei para a Guarujá, onde fiquei três anos, então voltei para Braço do Norte”, recorda. 

O cotidiano

O dia começa cedo para Israel de Souza. Às 5h ele vai para a rádio Hiperativa, onde apresenta o jornal da manhã. Às 8h, vai para a ARTV, onde faz as reportagens e o jornal da noite. Às 11h30min, o almoço. Às 13h, vai para Rio Fortuna, onde administra outra rádio. “Chego em casa por volta das 19h. É bem corrido, mas é prazeroso. Não sei viver hoje sem o rádio, sem estar no meio da informação. Até pensei em sair do rádio uma época e ficar só na TV, fiquei um mês fora, mas vi que estava ficando para trás. A TV é importante, mas o rádio é mais dinâmico, aproxima mais, tive que voltar”.

A família e a profissão

De acordo com o radialista, a profissão, ainda que prazerosa, traz alguns prejuízos. “A família é a parte mais prejudicada. Na verdade, chego em casa às 19h só quando não tenho eventos. Quando tem chego por volta das 11h. Dói em mim, pois os filhos ficam de lado. Deixo de ir em eventos da escola por causa dos compromissos profissionais. Mas, graças a Deus, tenho uma esposa que compreende isso e sabe da minha correria. A família tem que saber, são ossos do ofício. Dói no coração não poder estar mais próximo da família, mas é o preço que se paga.

Momentos marcantes

Segundo Israel, várias foram as pautas que marcaram sua carreira, mas o que marcou mesmo não foi uma história, e sim, um período. “O tempo em que eu fazia o programa policial foi difícil. Na época só tinha a Verde Vale, a audiência era grande, tudo o que se falava era lei, e nessa época nosso estilo era agressivo, polêmico. A polícia ainda passava os nomes e isso repercutia, fiz muitos inimigos. Sofri muito, tinha que andar armado, sair escoltado. Fui muito ameaçado, foram na minha casa várias vezes. Tive que tirar minha família de casa e dormia com o revólver embaixo do travesseiro. Cheguei até a falar com o diretor da rádio, queria sair, mas ele disse, na época, que não tinha problema, mas quem sofria era eu. Quem anda armado, para mim, é polícia ou bandido, me sentia mal. Pensei em desistir, mas passou. Graças a Deus hoje encontro pessoas daquela época, que foram presas e vejo que se recuperaram, tem família. Hoje encontro com elas e rio, brinco. Mas foi um período que marcou muito”.

Barrigada

No jargão do jornalismo, barrigada é uma matéria falsa ou errada, publicada com grande “estardalhaço”. O oposto de “furo”. Simplificando: o pesadelo de todo jornalista e comunicador. Israel de Souza já passou por isso. “Foi na eleição municipal de 2004. Eu coordenava a equipe de jornalismo da Verde Vale e estava cobrindo as eleições de Grão Pará, onde o Amilton Ascari e o Valdir Dacorégio estavam disputando. Eu estava no salão acompanhando a apuração, os resultados de todos os municípios da comarca já tinha saído, menos de Grão Pará. Na angustia de informar, perguntei ao José Nei, prefeito na época e que apoiava o Amilton (Breca), se ele tinha alguma informação. Então ele me disse que, pelas informações extraoficiais que ele tinha, o Valdir tinha ganhado por quatro ou cinco votos de diferença. Caí na bobagem de noticiar. Todo mundo sabe como as eleições em Grão Pará são ferrenhas. Eu disse que era uma informação extraoficial, mas o pessoal que era do PT e do PMDB, que apoiavam o Valdir, ouviu pela metade e foi para a avenida comemorar. Meia hora depois, questionei o Zé Nei de novo e ele me disse que tinha empatado. Por causa do empate, o mais velho, no caso o Ademir, assumiria. Entrei de novo, dei a notícia e expliquei a vitória, apesar do empate. Lembro que o Valdir veio  tirar satisfação comigo, as pessoas queriam invadir a rádio, tivemos que chamar o patrulhamento tático. Esse episódio marcou”.

Benefícios de ser um comunicador

Para o radialista e apresentador, a melhor parte de ser um comunicador é poder ajudar as pessoas. Israel conta que, durante um tempo, se preocupava apenas em noticiar, não tinha um compromisso com a comunidade. Mas isso mudou. “Os veículos de comunicação tem uma responsabilidade muito grande, pois podem mudar a história de uma cidade. Hoje eu trago a notícia, mas procuro um diferencial. Quando tem a crítica, eu busco resolver a situação. Levanto as denúncias, mas ligo para os denunciados e tento resolver. Acredito que os veículos tem essa função, tem que se envolver e usar os meios como ferramentas para fazer o bem”.

 As referências

“Já trabalhei com muita gente boa: Paulo Otaran, Dante Bragato Neto, Rubens Rabelo, Gelson Luiz Padilha, PP Miranda, Paulo Henrique, Lourival Salvato, Alcir Silva, Valdir Marcelino, Pedro Ramon, Tom, todos muito bons, mas como referência tenho o Édio Antônio, da Cruz de Malta, que me colocou no rádio, me deu a oportunidade, um grande profissional pelo qual vou ser eternamente grato, e o Luiz Antônio Brescianini. Trabalhei com ele 10 anos, é um camarada sensacional, muito ético. Eu era menino e ele me deu uma oportunidade na Verde Vale, sempre ensinando e cobrando a forma correta de fazer as coisas”.

O Facebook e o Whatsapp

Conforme Israel, as redes sociais, assim como o Whatsapp contribuem muito com quem trabalha com informação, porém, é preciso cautela. “Tem que saber filtrar, nem tudo o que está ali é verdade. Eu mesmo já fui traído pelo Facebook duas vezes. Confiei, dei a notícia e depois fui ver e não era nada daquilo. São, sem dúvidas, ferramentas muito importantes, mas tem que filtrar. Acho que é nisso que os veículos se sobressaem, na apuração, na qualidade da informação”.

Os objetivos

“Tenho muitos projetos, coisas que nem falo, pois são projetos pessoais, mas posso dizer que gosto do que eu faço e não pretendo sair. Gosto do rádio, da TV, gosto de escrever para os jornais, como colunista, não sou jornalista, e sim, radialista. Meu objetivo é continuar melhorando na área, continuar sendo parceiro das pessoas. Gosto muito de política também, tenho planos de um dia disputar algum cargo. Isso não significa que vá ser no ano que vem. Tem que ser com calma, tem que acontecer naturalmente. Não vou abandonar minha profissão, mas tenho vontade. Esses anos no rádio despertaram isso em mim. Então meus objetivos são esses: continuar no rádio, no meio da comunicação colaborando com os veículos e, se um dia surgir a oportunidade, disputar uma eleição em Braço do Norte”.

Tudo outra vez

“Cometi muitos erros que não cometeria de novo, briguei com muita gente por causa da profissão, mas faria tudo de novo. Tomaria alguns cuidados, mas seria o que sou. Valeu a pena, foram 20 anos de muitas conquistas”. 

Acesse o site do Cidade Notícias e ouça a entrevista na íntegra.

Matéria publicada em setembro, no jornal Cidade Notícias.


sábado, 12 de setembro de 2015

Aromáticos reinaugura com show do Dazaranha

Reinauguração é hoje, a partir das 11h.

Hélio Volpato
Foto: Elizangela De Bona
Depois de três anos fechado para eventos, o Espaço Cultural Aromáticos reabre suas portas hoje, dia 12, a partir das 23h, com show da banda Dazaranha. A reinauguração conta ainda com o som do Surf Trio, Carol Morena, e os donos da casa, Aromáticos. De acordo com o empresário e músico Hélio Volpato, tudo está sendo preparado para tornar o momento especial. “Cabem 700 pessoas na casa, mas vamos colocar, no máximo, 450, para ficar legal para todo mundo. Queremos proporcionar conforto e tranquilidade para quem vai”, destaca.

Ainda conforme o músico, o local conta também com um novo estacionamento, mais amplo. O frio também não será um problema. “Se for frio, temos duas lareiras prontas para deixar o ambiente aconchegante. Estamos pensando em todos os detalhes. Queremos oferecer o melhor”, completa.

Os Aromáticos

Há 20 anos, nascia o Espaço Cultural Aromáticos. Mais do que um local de ensaios da banda, um local para reunir os amigos e fazer música. “No começo era só uma casinha com uma churrasqueira. Depois foi aumentando. Como não queríamos sair para tocar profissionalmente, já que o objetivo não era viver de música, decidimos começar a convidar uns amigos de São Ludgero, Orleans, Urussanga, Braço do Norte, amigos que tinham banda e que gostavam de fazer um som. Com o tempo os encontros foram reunindo cada vez mais gente e fomos aumentando a casinha”, lembra Hélio Volpato.

Ele conta ainda que, apesar de a casa ter se mantido fechada para shows durante três anos, os encontros musicais não pararam. “Nos reunimos duas vezes por semana, é sagrado. Quando não vamos para tocar, vamos para conversar, compor, traçar metas, mas sempre vamos”, salienta. “Além de reunir as bandas, queremos, com o espaço, influenciar outras pessoas que gostam de música a viver isso, a viver a vida”, completa.

A banda Aromáticos, hoje composta por Hélio Volpato, Nilton Baschirotto, Fábio Becker, Alexandre Fornaza e Arthur Bertoncini, nasceu em 1995. Em 2003, a banda lançou seu primeiro CD, Viagem Astral, com nove músicas inéditas e uma regravação. Ainda este ano, a banda lança seu mais novo trabalho, Guardiões de Gaia, que, de acordo com Hélio, é um projeto educativo de preservação ambiental.

Próximo evento comemorará os 20 anos da banda


A data já está marcada: dia 17 de outubro. Neste dia, Aromáticos e amigos comemoram os 20 anos da banda. “A ideia é um sunset, no fim da tarde”, conta Hélio. Para animar a festa, além de Aromáticos, Maria do Relento, banda de Porto Alegre, sucesso nacional nos anos 80 e Bandalheia. “Queremos ter também Evandro Rodrigues, Teto Fernandes, Rodrigo Felipe, Área 51 e Durango Kids, entre outras bandas”. 

Matéria publicada em setembro, no jornal Cidade Notícias.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Simplesmente amor

Há três anos, seu Elias se dedica aos cuidados com sua esposa, dona Maria, que tem Alzheimer e, por causa de uma infecção, se encontra acamada.

Seu Elias e dona Maria.
Foto: Elizangela De Bona
 “É fácil amar quando a saúde e a conta bancária estão em dia – bem alinhadas e sobrando. É fácil amar quando só há o belo, o arrumado... O amor se fortalece e prova ser amor quando se torna difícil”. As frases são de um texto de Maria Fernanda Paetzel e refletem bem o amor do seu Elias Della Giustina, de 90 anos, e da dona Maria Werncke Della Giustina, de 92, casados há 72 anos.

Há três anos, dona Maria, que já tinha Alzheimer, teve uma infecção urinária muito forte e, desde que voltou do hospital, está acamada. Ela se alimenta por sonda, não pode falar e nem ouvir, mas quem disse que isso importa para o seu Elias? “Amo tanto ela, dá até uma dor no coração ver ela assim, mas vou continuar cuidando da minha companheira. Até quando Deus quiser”, afirma.

Com um carinho de encher os olhos, frequentemente seu Elias se coloca ao lado da esposa, onde conversa e acaricia a amada, sempre preocupado com seu bem estar. A dedicação e o carinho são explícitos. “Coisa linda de se ver”. E é com a mesma alegria e carinho com que cuida da esposa que seu Elias lembra o passado. “Nosso casamento sempre foi muito bom. Passamos por situações difíceis, mas superamos. Ela sempre foi muito boazinha pra mim. Uma companheira e tanto”, destaca.

Seu Elias ainda lembra orgulhoso dos tempos em que a mulher fazia roscas e bolacha enfeitada para vender. “Ela era famosa pelas roscas que fazia. Tinha dias em que fazia sete fornadas, tudo encomenda. Fazia bolacha também”, comenta.

Juntos, seu Elias e dona Maria tiveram 10 filhos: Zenir, Verônica, Vilson, Terezinha, Gesni, Hélio, Margarete, Franquelino, Carmelita e Hilda. Hoje, além dos filhos, o casal tem 31 netos, 39 bisnetos e dois tataranetos. “Presentes de Deus”, segundo o senhor. Desde 1943, já foram sete casamentos, o que, para seu Elias, ainda é pouco.  “Casaria de novo com ela. Mais sete vezes”, ressalta. Sem dúvidas, um “amor sem limites, o maior e mais forte que existe”, como diria Roberto Carlos.

“O desafio é reconhecer o amor mesmo em dias de silêncio – quando não há pistas do que se passa dentro do outro, quando até respirar parece não provocar movimento”.
(Maria Fernanda Paetzel)

Matéria publicada em agosto de 2015, no jornal Cidade Notícias.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Cooperar é isso! supera expectativas

Mais de 5 mil pessoas passaram pelo evento durante todo o sábado

Sucesso, essa é a palavra que define o que foi a segunda edição do “Cooperar é isso!”, evento realizado pela Cerbranorte e seus parceiros no sábado, 4 de julho, na praça da Igreja Matriz Nosso Senhor do Bom Fim, em Braço do Norte. Destaque para a intensa participação das pessoas, que, desde cedo, movimentaram o evento.


Durante a manhã, os presentes puderam conferir, além das exposições e shows e das tendas da beleza e da saúde, apresentações de dança. A Casa Lar, que também apresentou seu coral, e o Grupo de Dança Giselle Baggio deram um show no palco alternativo e agitaram os presentes. O momento ainda contou com a participação do grupo de dança da Escola Barriga Verde. Após a abertura oficial do evento, a população presente no “Cooperar é isso!” ainda pôde participar dos Jogos Cooperativistas, desenvolvidos pelos integrantes do Cooperjovem, e das atividades propostas pelos parceiros da cooperativa instalados em suas tendas.

Já a tarde foi dos cães. De diversas raças e tamanhos, eles deram um show na praça Padre Roher, e, durante o Concurso Pet, promovido em parceria com os pet shops Reino Animal, Bicho Mimado, Cheias de Charme e Mais Pet, foram escolhidos o cão mais estiloso, o menor, o maior e o mais bonito. Paralelo ao Concurso Pet, muitos talentos se apresentaram no palco alternativo durante o show de talentos. Os presentes ainda puderam conferir o som da banda Pupilo.


Para fechar o evento, bolo, salgadinhos e refrigerantes foram distribuídos aos presentes, que, do começo ao fim, participaram ativamente da festividade. “Gostaria de agradecer a todos que compareceram ao evento e fizeram com que ele fosse, pela segunda vez, um sucesso. Agradeço especialmente a diretoria e aos nossos colaboradores, que mais uma vez se dedicaram para oferecer essa festa à população. O povo compareceu e participou bastante, o que comprova o sucesso e isso, para todos nós da Cerbranorte, é gratificante”, afirma o presidente da cooperativa, Antonio José da Silva, o Toninho.

De acordo com o vice-presidente da cooperativa, Manoel da Silva, o Nelo, é objetivo da Cerbranorte tornar o “Cooperar é isso!” um evento anual. “Proporcionar um dia como este é o mínimo que poderíamos fazer pela população. É nosso objetivo melhorar este evento a cada ano e torná-lo uma tradição. Muito obrigado a todos que compareceram e engrandeceram o evento”, ressalta o vice-presidente Manoel da Silva, o Nelo.


Solidariedade marca a segunda edição

Além de se divertir, o bom público que compareceu a festa na praça da igreja aproveitou para por em prática a solidariedade. Ao fim do evento, muitas roupas, alimentos e litros de leite tinham sido arrecadados. As roupas serão doadas para a Pastoral Social, que se encarregará de dar o destino adequado às peças. Já os alimentos e os litros de leite serão doados para a Casa Lar, instituição parceira da Cerbranorte no evento e que desenvolve um importante trabalho social na cidade. Dentre os doadores, 15 foram sorteados e ganharam uma viagem para o Beto Carrero, oferecida pela cooperativa.

Os ganhadores:
Mariza Nazário 
Larissa Nazário Cardoso 
Karolina B. Pereira 
Douglas S. Mendes
Luiza Bianchini
Luciana
Emanuel Antunes
Maria Eduarda B. J.
Larissa D. Jocks
Simone H. O. G. Weber
Amanda Angelo Ribeiro
Caren Bertoche
Gabrielli Buss Farias
Iliane Buss Farias
Kauan Nunes


Com a palavra, os parceiros

“Este evento é uma iniciativa maravilhosa da Cerbranorte. Estou muito contente porque Braço do Norte precisa disso. O tanto de gente que compareceu mostra isso. É um orgulho para nós fazer parte disso”. (Marcio Witthinrich, proprietário do pet shop Reino Animal)

“É a segunda vez que participamos. Acho a ideia do evento, de unir as pessoas, muito bacana”. (Fernanda Antunes, proprietária do pet shop Cheios de Charme)

“Achei o evento muito bem organizado e muito positivo. As pessoas compareceram e realmente participaram, o que é muito legal. É a primeira vez que participamos, mas, com certeza, não será a última. É nosso objetivo colaborar com a sociedade braçonortense”. (Nevanir Jorge Schulz, proprietária do laboratório Biovita)

“Achei muito interessante o evento e também muito movimentado. Para nós esse contato com a população foi muito legal. Pretendemos participar também das próximas edições”. (Graziela Ricken Werncke, proprietária do laboratório Pré Vital)

“A nossa escola sempre tem a intenção de cooperar e participar de atividades junto à comunidade, e este evento proporciona isso. É uma iniciativa muito legal que, sem dúvida, apoiamos”.   (Letícia Machado, setor administrativo da Yes Bras)

“É um prazer estar aqui pelo segundo ano. Esperamos ser parceiros também nas próximas edições”. (Ivana da Rosa Colombo, coordenadora pedagógica do Instituto Mix)

“Sem dúvida é um evento muito proveitoso. Acho que tem que ser feito anualmente, pois celebrar o cooperativismo é muito importante. Poucas cidades têm iniciativas como esta, por isso, devemos, a cada ano, fortalecer o evento”. (Eltes Biavati, gerente da Cooper Alfa)

“É a primeira vez que participo e achei maravilhosa a iniciativa. Agradeço a Cerbranorte pelo convite e também as minhas alunas por terem comparecido. A população também participou apesar do frio e foi muito legal. Parabéns a cooperativa pelo evento”. (Giselle Baggio, Grupo de Dança Giselle Baggio)

“Parabéns a cooperativa por mais este evento. Comemorar o dia do cooperativismo é muito importante. Que possamos sempre continuar essa parceria para que possamos continuar proporcionando dias como este para a população”. (Ademir da Silva Matos, prefeito de Braço do Norte)

“Quero parabenizar o Toninho, o Nelo e toda a equipe Cerbranorte pelo belíssimo evento. Que a cooperativa possa crescer mais a cada dia e que eventos como este se tornem tradição”. (Lourivaldo Shuelter, prefeito de Rio Fortuna)

 “A função das cooperativas é bastante parecida com a nossa, compartilhamos essa vontade de estar na comunidade. Em nome da Unibave, agradeço a cooperativa pelo convite e também a todos os que marcaram presença”.  (Dimas Rocha, pró-reitor da Unibave)

“Nós, que somos do meio cooperativista, sabemos da importância de se ter um dia para comemorar. Por isso, parabenizo a Cerbranorte pelo evento, assim como todos os envolvidos na organização”. (João Vânio Mendonça Cardoso, presidente da Cergral)












Redação e fotos: Elizangela De Bona

Acesse a página da Cerbranorte no Facebook e confira todas as fotos do Cooperar é isso!


terça-feira, 30 de junho de 2015

Fruto Proibido? Que nada! Conheça os benefícios da maçã


Há muito tempo a maçã vem provando que não é uma simples fruta. Ela foi inspiração do físico e matemático inglês Isaac Newton em sua lei da gravidade, o fruto proibido de Adão e Eva e a culpada do sono profundo da Branca de Neve. Sem contar as histórias que não se tornam assim tão públicas. O fato é que, desde sempre, ela desempenha um papel muito importante, o de grande aliada da saúde.

Estudos já provaram que o consumo regular, de uma maçã por dia, ajuda a manter o peso, protege de doenças cardiovasculares, regula os níveis de colesterol, diminui os riscos de contrair diabetes, melhora a função digestiva e respiratória e previne alguns tipos de câncer. Com a ajuda da nutricionista Denise Preis, a Meu SUL lista, abaixo, os muitos benefícios dessa poderosa fruta.

Boca e dentes
O consumo da fruta estimula a produção de saliva, o que reduz o nível de bactérias na boca e diminui o risco de cárie. “Quem tem problemas de má cicatrização, equimoses e sangramento das gengivas também pode melhorar este quadro comendo maçã”, explica a nutricionista.

Memória
A fisetina, flavonoide presente na maçã, de acordo com pesquisa feita no Instituto Salk de Estudos Biológicos, dos Estados Unidos, estimula mecanismos do cérebro que melhoram a memória.

Alzheimer
A fruta contém quercetina, um poderoso antioxidante que protege as células do cérebro da degenração. O suco da maçã diminui os riscos de Alzheimer por diminuir os efeitos do envelhecimento no cérebro.

Energético natural
Por ser rica em substâncias antioxidantes e fito nutrientes, e graças a seu baixo índice glicêmico, a fruta serve como combustível de longa duração para o cérebro. “Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado”, afirma Denise.

Diabetes
Rica em pectina, uma fibra solúvel, a maçã auxilia no controle de glicemia, o que diminui as chances de desenvolver diabetes tipo 2.

Colesterol
A pectina, presente na maçã, contém ácido galacturônico que absorve água formando um gel ao qual se ligam minerais, lipídios e ácidos biliares, aumentando a excreção de cada um, o que diminui a concentração do colesterol.

Pressão alta
As maçãs são ricas em potássio, um mineral que ajuda a controlar a pressão arterial e ajuda a reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Coração
A fruta ajuda a retardar o processo de oxidação, que está diretamente envolvido no acúmulo de placa bacteriana que leva a doenças cardíacas.

Fígado
Auxilia na desintoxicação do fígado, órgão responsável por limpar as toxinas presentes no corpo.

Respiração
“A maçã possui antioxidantes que ajudam a melhorar a capacidade respiratória e ainda protegem os pulmões”, informa a nutricionista. Uma pesquisa feita pela Universidade de Nottingham, da Inglaterra, mostrou que as pessoas que comem cinco maçãs ou mais por semana têm menos problemas respiratórios, incluindo asma. A fruta ainda possui uma propriedade adstringente que auxilia a garganta e as cordas vocais.

Estômago
Os agentes cicatrizantes presentes na fruta ajudam os que sofrem de problemas como azia, úlcera e gastrite, além de auxiliar no funcionamento do intestino. “A fruta age beneficamente na mucosa do sistema digestivo”.

Câncer e envelhecimento
Rica em taninos e flavonoides, fito nutrientes que agem como antioxidantes, adstringentes e antiinflamatórios, a fruta ajuda na prevenção do envelhecimento precoce. Os flavonoides também auxiliam em doenças cardiovasculares. “A maçã também possui componentes que ajudam na prevenção do câncer de cólon, de mama e de próstata.


Saciedade
Para quem quer começar uma dieta, a maçã é indispensável. A fruta possui fibras que ajudam a dar a sensação de saciedade. A casca possui fibras insolúveis que não são digeridas e ficam no estômago por mais tempo. A fruta ainda reduz a vontade de comer chocolates e doces.

Importante!
Segundo a nutricionista Denise Preis, é preciso cuidado na hora de escolher a fruta. “Por ser uma fruta vulnerável a ação de larvas, vermes e outros insetos, ela recebe pesticidas. Por isso, é recomendado lavar bem a fruta antes de comê-la e sempre que possível evitar as maçãs muito brilhosas, pois estas contém uma cera que pode impedir a remoção dos resíduos de pesticida”explica. Vale lembrar que a fruta perde muito de seus benefícios ao ser descascada, por isso, prefira comê-la com casca sempre que possível.  

Matéria publicada em 2014, na revista Meu SUL.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Perdi a comanda. E agora?

Conheça os direitos e os deveres do consumidor nessa situação

Imagine a seguinte situação: você e seus amigos vão a um barzinho, balada ou restaurante. Lá pelas tantas, após comer e beber, você decide pagar a conta e encerrar a noite. Você procura a comanda e não acha. Para piorar, na comanda constava que em caso de extravio você deveria pagar uma multa. E agora? Você deve realmente pagar a multa? Deve se negar? Como agir? Para tratar deste assunto, a Meu SUL conversou com a advogada Cleimar Della Giustina Morgan e vai explicar para você o que fazer nessa situação.

Sem lei

Não há lei que obrigue quem perdeu a comanda a pagar uma quantia a título de multa ou taxa. “A cobrança é abusiva, considerada ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor”, explica Cleimar Della Giustina Morgan. De acordo com a advogada, o prestador de serviços é obrigado a vender fichas no caixa ou ter um sistema eletrônico de controle sobre as vendas. “O dono do estabelecimento não pode responsabilizar o cliente por perder uma coisa que ele é quem tinha que cuidar”, afirma a advogada.

Como agir?

Conforme Cleimar, o cliente deve pagar somente por aquilo que consumiu e em caso de insistência por parte do prestador de serviços, deve chamar a polícia, registrar um boletim de ocorrência e, posteriormente, fazer uma denúncia no PROCON.

Casos extremos

Em muitos casos Brasil a fora, ao exigir o pagamento da taxa, os responsáveis por estabelecimentos acabam cometendo crimes contra a liberdade individual do cidadão. A prática é considerada constrangimento ilegal (Art. 146 do Código Penal), já que constranger alguém mediante ameaça grave a fazer algo que a lei não obriga, no caso pagar a multa, é crime.

Há casos mais graves ainda, onde o cliente é impedido de deixar o local enquanto não fizer o pagamento. “Isso é considerado crime, sequestro e cárcere privado (Art. 148 do Código Penal)”, afirma Cleimar.

Fique ligado!

De acordo com a advogada Cleimar Della Giustina Morgan, o pagamento da taxa de serviço de 10% sobre o valor consumido, em qualquer estabelecimento, é opcional e a imposição do pagamento é considerada prática abusiva, assim como a consumação mínima como forma de entrada em um local. Já a cobrança do “valor artístico” sobre apresentações ao vivo é legítima, desde que o cliente tenha sido informado expressamente no momento que entrou no local. 

Matéria publicada em 2014, na revista Meu SUL.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cerbranorte recadastra consumidores

Uma TV de 40” polegadas será sorteada entre os consumidores que fizerem o recadastramento

A fim de facilitar e melhorar o contato com seus consumidores, a Cerbranorte deu início ao recadastramento. Para isso, está realizando a campanha “Atualize seu cadastro”, que dará a um dos consumidores recadastrados uma TV de 40 polegadas.

Para fazer o recadastramento e participar da campanha, basta acessar o site da Cerbranorte, www.cerbranorte.com.br, entrar na área do consumidor, acessar a aba “ATUALIZE SEU CADASTRO”, preencher todos os campos e pronto, você está concorrendo. “Caso o consumidor não tenha acesso à internet, pode vir até a sede da Cerbranorte e fazer o recadastramento aqui. Outra opção é fazer por telefone, através do 0800 643 2499. Vale lembrar que, independente da forma que o processo for feito, o consumidor, automaticamente, vai concorrer a TV”, explica a gerente comercial Deise Faust Vieira.

Vale ressaltar que, mesmo atualizando o cadastro várias vezes durante o período, o consumidor irá concorrer ao sorteio da TV apenas uma vez.

De acordo com o presidente da Cerbranorte, Antonio José da Silva, o Toninho, manter os dados atualizados é uma exigência da legislação e, por isso, espera que o consumidor atenda a solicitação da Cerbranorte e faça o recadastramento. “A participação de todos é muito importante, por isso optamos em dar um incentivo aos consumidores. O processo é simples e fácil. Esperamos que as pessoas participem”, afirma. 

A campanha irá até o dia 30 de agosto de 2015.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Cerbranorte apresenta nova logo

A Cerbranorte tem uma nova identidade visual. A fim de modernizar sua logo, os elementos que remetem ao cooperativismo, presentes na identidade visual da cooperativa, foram remodelados.

Os pinheiros foram mantidos. Eles simbolizam a imortalidade e a fecundidade, pela sua sobrevivência em solos menos férteis e pela sua facilidade de multiplicação. Unidos são mais resistentes e ressaltam a força a capacidade de expansão, por isso, são símbolo do cooperativismo. O verde representa as árvores e lembra a necessidade de manter o equilíbrio como meio ambiente. A cor ainda significa crescimento. O amarelo, por sua vez, simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.
O círculo em formato abstrato, formado por três elementos de cores distintas, representa a eternidade. De acordo com Ivo Machado Coan, gerente administrativo da Probeta, empresa responsável pela reformulação da logo, a nova identidade visual apresenta vantagens em relação à antiga. “Com as novas formas é possível utilizar a logo de forma mais visível e considerável, pois a nova logo ganhou corpo. A marca Cerbranorte também se destaca com uma fonte moderna e bastante visível”, explica.

De acordo com o presidente da cooperativa, Antonio José da Silva, o Toninho, que aprovou a nova identidade visual, a mudança na logo reflete as mudanças que estão acontecendo também internamente. “A Cerbranorte está sempre inovando e se atualizando para, a cada dia mais, melhorar a relação com os nossos associados. Este ano completamos 53 anos de fundação e buscamos, cada vez mais, a excelência da prestação de nossos serviços, por isso, estamos realizando algumas mudanças na estrutura da equipe técnica e de serviços de atendimento ao consumidor, além de estarmos fazendo também uma reformulação na estratégia de marketing e postura da cooperativa”, comenta. “Essas renovações mostram que a Cerbrabnorte acompanha o mercado, está mais participativa e se preocupa com seus mais de 20 mil associados”, completa.



segunda-feira, 8 de junho de 2015

O cliente sempre tem razão, só que não

Ao contrário do que prega a velha frase, o cliente nem sempre tem razão. Por exemplo, nem sempre o consumidor tem o direito de trocar um produto. A troca só é um direito em alguns casos. E é justamente para explicar quando o cliente tem razão e quando não tem que a Meu SUL aborda como tema principal, nesta edição, a relação entre fornecedor e consumidor. O objetivo da matéria é tirar as dúvidas dos consumidores, e também alertar alguns fornecedores, a respeito da troca. Quando ela é obrigatória? Quais os prazos estipulados pelo Código de Defesa do Consumidor?

Para responder a essas e outras questões, a Meu SUL conversou com a advogada Cleimar Della Giustina Morgan e com atendente do Procon da cidade de Braço do Norte, Cristina Souza Lopes Conceição. Confira.

A famosa frase

O famoso slogan “o cliente sempre tem razão” começou a ser utilizado no início do século XX, nas lojas da Marshall Fields, em Chicago. A frase foi popularizada no Reino Unido pelo norte-americano Harry Gordon Selfriedge nas suas lojas em Londres. Selfried trabalhou para Field e é quase certo que um dos dois é o autor da frase. Os empreendedores, na época, queriam que os clientes se sentissem especiais, impondo a seus funcionários a disposição de se comportar como se o consumidor tivesse sempre razão, mas certamente não pretendiam que a frase fosse usada literalmente.

Fique por dentro!

Quando a troca é uma obrigação ou uma cortesia do fornecedor?

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o fornecedor não é obrigado a trocar um produto que esteja em perfeitas condições de uso. “O cliente só passa a ter esse direito se, no ato da compra, o fornecedor oferecer essa possibilidade. Nesse caso, a troca passa a ser obrigatória”, afirma a advogada Cleimar Della Giustina Morgan. Sendo um compromisso o qual o fornecedor optou por fazer, ele pode também definir as regras para que a troca seja efetuada, estabelecendo, por exemplo, prazo, horário e local. Essas regras só tem validade se for feita no ato da venda e preferencialmente por escrito, seja na nota fiscal, na etiqueta do produto ou em outro documento entregue ao consumidor.

Troca de produtos com vício

Caso o produto adquirido tenha algum vício, usualmente chamado de defeito, o fornecedor é responsável por resolver o problema. A resolução do problema pode se dar de três maneiras:

Troca imediata

Quando produtos como alimentos, medicamentos e outros que atendem às necessidades básicas apresentam vícios, devem ser trocados imediatamente. O mesmo acontece nos casos em que, em razão do vício, o reparo no produto comprometa a sua qualidade ou característica. A troca imediata pode ser feita ainda quando o produto, mesmo em condições de uso, não corresponde às informações que foram prestadas na publicidade, rótulo, embalagem ou outro meio de oferta. A troca nesses casos deve ser feita por um produto que apresente todas as características da oferta. Em todas as situações, ao invés da troca, o consumidor pode optar pelo cancelamento da compra e a devolução do que pagou, ou ainda, optar por um desconto. Se o problema estiver relacionado com volume, peso ou quantidade, o consumidor pode aceitar a contemplação do peso ou medida. “A escolha é do cliente e o fornecedor deve acatar”, explica Cleimar.

Troca não imediata

Caso o produto com vício não se encaixe em nenhuma das situações descritas no item troca imediata, o fornecedor tem uma única oportunidade de reparar o problema em um prazo máximo de 30 dias. Após esse prazo, se o produto não for reparado, o consumidor tem o direito de exigir troca por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso. O consumidor pode ainda optar pelo cancelamento da compra ou ainda aceitar um desconto no preço, caso considere que o produto pode ser utilizado mesmo com o vício. Caso o consumidor queira a troca do produto por outro igual e o modelo não esteja mais disponível, ele pode escolher outro produto de espécie, marca ou modelo diferente, recebendo ou complementando a diferença de preço, se houver.

Produtos de promoção ou mostruário

A troca de produtos comprados em promoção segue a mesma regra das compras feitas fora da promoção. A diferença é que o fornecedor fica isento de sanar os vícios se, no ato da venda, informar ao consumidor e registrar isso por escrito, preferencialmente na nota fiscal. Caso o produto apresente outros problemas que não os informados, o fornecedor terá que providenciar o concerto ou troca. “A troca é sempre efetuada pelo valor pago pelo consumidor constante na nota fiscal, independente de alterações de preço”, destaca Cleimar. Vale lembrar que fazer promoção de produtos com vício só é permitido se os problemas não oferecem riscos à saúde ou segurança do consumidor.

Prazos

Quando há vício em produtos não duráveis, como alimentos e outros produtos que se acabam com o uso, o consumidor tem até 30 dias para reclamar e a solução deve ser imediata. No caso de produtos duráveis, quando é fácil visualizar ou constatar o vício, o prazo é de 90 dias. Em ambos os casos, o prazo começa a contar a partir do momento em que o consumidor recebe o produto. No caso de vício oculto, aquele que se manifesta com o uso prolongado do produto, a contagem do prazo se inicia quando o problema for constatado.

Quem deve concertar ou providenciar a troca?

Conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o cliente é quem decide. Isso porque a responsabilidade sobre a qualidade do produto é solidária. Ou seja, todos os fornecedores envolvidos na cadeia produtiva e na comercialização têm a responsabilidade de sanar o vício de um produto. Dessa forma, o consumidor pode solicitar o conserto ou a troca tanto para o fabricante, quanto para o distribuidor ou comerciante ou importador.

Vício ou defeito?

Vício é o termo utilizado pelo Código de Defesa do Consumidor para definir os produtos impróprios ou inadequados ao consumo. É comum utilizarmos a palavra defeito para no referirmos a um produto que tem alguma irregularidade, porém, a palavra defeito é utilizada pelo CDC para definir produtos que não oferecem segurança e oferecem riscos à saúde dos consumidores.

Produtos vendidos fora do estabelecimento comercial

Quem comercializa produtos pela internet ou outros meios de negociação à distância como telefone e catálogo, precisa estar atento ao direito de arrependimento. “A partir da entrega da mercadoria, o consumidor tem o direito de cancelar a compra, no prazo de sete dias, independente do motivo”, afirma Cristina. Vale ressaltar que se a entrega for em data diferente da compra, a contagem do prazo se inicia a partir da entrega efetiva do produto. Nesses casos, o fornecedor deve restituir ao comprador o valor pago e arcar com as despesas de frete, inclusive para a devolução do produto.

Além do que a legislação determina, o que deve prevalecer, sempre, é o bom senso. Uma boa relação de consumo ocorre quando todos ganham.

Compras feitas de pessoa física

É importante que o consumidor saiba que nos casos de compras feitas de pessoas físicas, caso tenha problemas, não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor ou reclamar no Procon. “O CDC prevê a prática de seus artigos apenas nas relação fornecedor-consumidor final”, explica Cristina. Nesses casos, a pessoa lesada pode reclamar na justiça comum, com base no Código Civil.

Nota fiscal

Para efetuar uma troca, seja na internet ou na loja, é preciso apresentar a nota fiscal de compra do produto. “Nela constam os valores pagos pelo consumidor e a data da compra. O consumidor deverá guardar a nota pelo período em que a garantia por vigente”.

Com informações da Fundação Procon São Paulo e da SAP Inovações empresariais.

Matéria publicada em fevereiro de 2014, na revista Meu SUL.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dislexia: pais devem estar atentos


Estimativa é de que a dislexia atinja de 10 a 15 % da população mundial

Pronunciar palavras longas ou complexas, aprender a ler, ler em voz alta, terminar tarefas ou provas dentro do tempo, soletrar palavras, decorar sequências. Essas são algumas das dificuldades de um disléxico. “Quando existe uma dificuldade inesperada na leitura e na escrita estamos diante de um quadro de dislexia. Quando falamos em uma dificuldade inesperada estamos diante de uma criança, ou adulto, que aparenta ter todos os requisitos necessários para ser um bom leitor; como inteligência, motivação, estímulo e acesso escolar, mas não consegue aprender a ler ou escrever”, explica o neuropediatra Jaime Lin.

A dislexia, conforme o neuropediatra é, ao mesmo tempo, familiar e hereditária. A história familiar é um dos fatores mais importantes, sendo que 23 a 49% das crianças que apresentam dislexia têm pais com o mesmo problema. “Uma grande expectativa se criou em torno de um possível gene relacionado à dislexia, o que possibilitaria um diagnóstico genético ou mesmo tratamento precoce, porém até o momento, esse gene não foi encontrado”, afirma Lin. Segundo o especialista, acredita-se que a dislexia seja um transtorno multifatorial associado a aspectos genéticos, portanto hereditários, fatores ambientais e aspectos de desenvolvimento neurológico.

Para obter um diagnóstico é preciso uma equipe multidisciplinar que realiza uma investigação detalhada, que analisa todas as possibilidades. A equipe deve ser formada basicamente por um fonoaudiólogo, um psicólogo, um psicopedagogo e um neurologista. Durante o processo também é muito importante a participação da escola e dos pais.

“Não existe uma fórmula milagrosa que cure a dislexia, ou um medicamento que solucione todos os problemas, mas existem tratamentos que apresentam grandes resultados e implicam trabalho árduo tanto para a criança como para a escola e para a família”, afirma a fonoaudióloga Tháicy Debiasi. De acordo com a especialista, por meio de diferentes técnicas e abordagens é possível “ensinar” o cérebro a desenvolver outros caminhos de processamento da leitura, diferente do usual.

Em geral, de acordo com o neuropediatra, uma criança com dislexia que não é adequadamente acompanhada e tratada manterá os sintomas e as dificuldades de leitura e escrita durante a vida adulta, portanto é preciso estar atento.

Como identificar uma criança disléxica?

Vários fatores chamam a atenção para um quadro de dislexia, porém o mais importante fator, conforme o neuropediatra Jaime Lin, é que a dislexia é um distúrbio restrito a leitura e escrita. Conheça alguns sinais que podem auxiliar no diagnóstico:

Haverá sempre

       Dificuldade na aprendizagem da leitura
       Dificuldade da linguagem e escrita
       Dificuldade na ortografia

Haverá às vezes

       Disgrafia, que pode ser entendido como letra feia.
       Dificuldade com matemática
       Dificuldade com memória e organização
       Dificuldade em seguir caminhos ou executar ordens complexas
       Dificuldade em compreender textos escritos
       Dificuldade para aprender uma segunda língua

Haverá ocasionalmente

       Dificuldade com a linguagem falada
       Falta de percepção espacial
       Confusão entre direita e esquerda

“Especificamente quando falamos de disgrafia podemos encontrar como sintomas da dislexia a confusão de letras com diferente orientação espacial (p/q e b/d), confusão de letras com sons semelhantes (b/p, d/t e g/j), inversão de sílabas, supressão ou adição de letras e dificuldade em separar sílabas”, explica Lin. Conforme o especialista, apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente um quadro de dislexia, há outros fatores há serem observados, porém de qualquer forma é um quadro que pede atenção e estimulação.

Matéria publicada em novembro de 2012, na revista Meu SUL.